18 janeiro - Morte do rei D. Pedro I

A 18 de janeiro de 1367, morre em Estremoz, o rei D. Pedro I (1320-1367) – “O Justiceiro”, filho de D. Afonso IV e de D. Beatriz de Castela, conhecido pelo seu grande amor por D. Inês de Castro, a aia galega da sua falecida mulher Constança Manuel, que influenciou fortemente a política interna de Portugal no reinado de D. Afonso IV. Este, a 7 de Janeiro de 1355, cede às pressões dos fidalgos da corte seus conselheiros e aproveitando a ausência de seu filho D. Pedro I numa excursão de caça, enviou a Coimbra, Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco para matarem D. Inês de Castro. Durante alguns meses, D. Pedro revoltou-se contra o pai, apoiado pela nobreza de Entre Douro e Minho e pelos irmãos de D. Inês. A paz só aconteceu por vontade expressa do povo, tendo-se então perdoado mútuas ofensas. Aclamado rei em 8 de março de 1357, D. Pedro anunciou em Cantanhede, em junho de 1360, o casamento com D. Inês, realizado em segredo antes da sua morte, manifestando a sua intenção de a ver lembrada como Rainha de Portugal. Dois dos assassinos de Inês, Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves foram capturados e executados. A um foi arrancado o coração pelo peito e ao outro pelas costas, daí que D. Pedro I tenha recebido o cognome de “O Justiceiro”. Segundo a tradição, D. Pedro teria feito desenterrar o corpo da amada, coroando-o como Rainha de Portugal e obrigando os nobres a procederem à cerimónia do beija-mão real ao cadáver, sob ameaça de pena de morte. Depois mandou esculpir dois túmulos, obras-primas da escultura gótica em Portugal, os quais foram assentes no transepto da Igreja do Mosteiro de Alcobaça para que no dia do Juízo Final, os eternos amantes, então ressuscitados, de imediato se vejam.




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